quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Conceitos de Hipnose I


A hipnose é, como diz Weissmann, um estado artificialmente induzido, em parte semelhante ao sono, mas sempre fisiologicamente distinto dele, tendente a estimular a sugestionabilidade, acarretando modificações sensoriais e motoras, além de alterações de memória. O aumento de sugestionabilidade traduz-se pela aceitação cada vez mais fácil das sugestões que vão sendo oferecidas e mesmo se desejam, em expectativa crescente, à medida que se vai desenvolvendo uma relação progressiva de intimidade entre o sujeito em transe e a voz que lho aprofunda.

Dir-se-à, então, que cada um é hipnotizável ao ritmo a que se deixa hipnotizar. E quem não é sugestionável? Todos nós, muito mais do que pensamos, vivemos e agimos de acordo com influências que nos vêm de fora. Todos somos inteiramente livres para decidir e escolheremos livremente com inteira independência… aquilo que nos for eficazmente sugerido! A cada passo nos esforçamos, quantas vezes penosamente, para adquirir um objecto qualquer que pouca ou nenhuma utilidade real tem. Hipnotizar é convencer. Os bons publicitários dariam óptimos hipnotizadores.

Muitas pessoas seguem as sugestões da moda ou aceitam comprar uma refeição que nem sabem qual é, porque foi aconselhada pelo chefe de mesa. Quem não toma medicamentos em bases sugestivas? Porque razão um placebo é frequentemente eficaz? Troquem-se os preços numa montra e muita gente comprará aquele que se mostrar como mais caro, porque aceitou sem análise a ideia de que, se é mais caro, é melhor.

A hipnose é, como resulta da definição dada, um estado psicológico normal, como normais são as alterações que durante e após ela se verificam. Estranhas são, isso sim, as atitudes de cepticismo perante a hipnose, quando afinal poucos são os fenómenos que conseguem ser tão verificáveis. Há quem tenha entendido o hábito como um “estado permanente de hipnose”, pelo facto de a obediência a um hábito ser inconsciente.

FASES DA HIPNOSE

Vamos agora dar alguns pontos de referência, para podermos avaliar da profundidade do transe em que um indivíduo se vai encontrando, ao longo do processo de indução.

Estado hipnoidal
Total bem-estar, como se estivesse a passar do estado consciente ao sono. Boa consciência do ambiente. Despertar muito fácil. Após o transe, o sujeito diria que não esteve a dormir, mas que se sente ligeiramente ensonado.

Transe leve
Desaparecem os pequenos movimentos dos membros e a tranquilidade vai-se tornando visível. Pode e é frequente ocorrer um ligeiro e persistente movimento das pálpebras, que não significa que a pessoa esteja acordada ou a acordar. Serão aceites com crescente facilidade sugestões de relaxamento.

Transe médio
A respiração torna-se mais lenta, o indivíduo fica mais tranquilo. A visualização cénica torna-se mais realista. Podem ser dadas sugestões de analgia e proceder-se a tratamentos dentários simples sem anestesia. Podem ser aceites sugestões de amnésia.

Transe profundo
Redução mais acentuada do ritmo respiratório. Expressão facial de repouso total.
Estado de impassibilidade: a pessoa não reagirá a um estímulo visual ou auditivo fortes, porque a alteração provocada pelo estímulo não lhe diz respeito. Relativa amnésia a respeito do que se passou durante o transe.



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